De autoria de Armindo Espírito Santo, o documento de trabalho CEsA-CSG nº 180 debruça-se sobre os “angolares” e o regime de trabalho escravo introduzido desde o início do povoamento da ilha de São Tomé. Um povoamento que foi muito violento para a mão-de-obra africana, de tal modo que alguns encontraram nas fugas para as matas próximas das fazendas uma forma para se escaparem dos maus-tratos dos europeus e viver em liberdade e de bens de subsistência e de alguns esquemas para comporem a sua sobrevivência, nomeadamente assaltos e ataques às fazendas para obterem alimentos e mulheres. Esta população que viveu e reproduziu-se no mato durante séculos, diferentemente de uma população originária, que uns julgam ter existido, deu origem aos chamados “angolares” e tem sido tema de debates entre os académicos quanto a sua origem.
Este artigo encontra-se disponível no repositório da Universidade de Lisboa e Rcaap, em acesso livre.