Universidade do País Basco, Bilbau (Espanha), 2-3 de Novembro de 2017
Conferência conjunta das secções “Diáspora, migração e meios de comunicação” e “Comunicação internacional e intercultural” do ECREA
“Estamos diante de uma crise da humanidade, e a única saída desta crise é reconhecer nossa crescente interdependência como espécie e encontrar novas formas de convivência em solidariedade e cooperação etre estranhos que podem ter opiniões e preferências diferentes das nossas”.
Zygmunt Bauman, Estranhos à nossa porta (Polity, 2016)
A migração, a diversidade cultural e os meios de comunicação são cada vez mais foco de problematização. A Europa está a passar por um momento crítico devido ao Brexit, à eleição de Donald Trump e à chamada “Crise Europeia dos Refugiados”. Isso é ilustrado por notícias falsas, sentimentos populistas, xenófobos, islamófobos, racistas e neo-nacionalistas que são veiculados pelas redes sociais: Facebook, Twitter e Instagram. Proliferando o número de fronteiras internas e externas europeias devido à utilização de dados recolhidos por sistemas de vigilância que são utilizados na gestão da migração. Impõe-se uma análise destes processos. Esta conferência pretende colmatar justamente essa necessidade, na medida em que visa cobrir uma ampla gama de temas relacionados com os conflitos, o papel da produção mediática e a regulamentação da informação sobre os migrantes/as forçados numa era ‘pós-verdade’, de notícias falsas, de uma reforço das medidas securitárias para a gestão da migração, de conflitos sociais e políticos patentes e latentes. Falta medir exactamente o os efeitos e consequências da comunicação para as comunidades migrantes e diásporas, desde manifestações da radicalização e do terrorismo online, discursos de ódio e racismo, mas também de solidariedade, activismo e protesto. A tecnologias digitais permitem novas maneiras de abordar essas questões, tanto teórica como metodologicamente.
As propostas devem cobrir os seguintes tópicos:
– Cobertura de notícias internacionais sobre migração, refugiados, diáspora, etc.
– Repensar a categoria do migrante: migrantes forçados, trabalhadores convidados, pós-socialistas, pós-coloniais, expatriados
– Processos digitais de baixo para cima, tais como redes transnacionais e locais e conectividade, organizações de diáspora, construção de identidade, comunicações urbanas
– Processos de gestão de migrantes de topo para baixo, controlados por fronteiras, sistemas de vigilância e controlo de movimentos populacionais, centros de detenção de migrantes, voos expressos, detenções na rua, falta de informação pública
– O nexo humanismo-securitização, os direitos humanos, a economia política das ONGs, a comunicação humanitária sobre o sofrimento relacionado com a migração
– Migrantes, meios de comunicação e linguagem: o impacto dos imigrantes na dinâmica linguística (particularmente no contexto de sociedades bilingues), a construção de resiliência para as estruturas de novas e minorias locais
– Considerações metodológicas em meios de comunicação internacionais e interculturais e estudos de migração
CRONOGRAMA
Prazo: 16 de abril de 2017
Notificação de aceitação: 16 de maio de 2017
Apresentação do paper completo: 1 de outubro de 2017
Prazo de inscrição: 1 de outubro de 2017
SUBMISSÃO
Envie um resumo com uma máximo de 200-300 palavras e uma biografia curta (max. 100 palavras) até 16 abril 2017.
Envie seu resumo + bio para ecreadmm@gmail.com, indicando no cabeçalho do e-mail:
[apelido + título do documento].
Por favor, certifique-se de mencionar claramente se insere a sua participação: no painel “Comunicação internacional e intercultural” ou no painel “diáspora, a migração e os meios de comunicação social”.